terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Terça-Feira da 1ª Semana do Advento - 01/12
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Segunda-Feira da 1ª Semana do Advento - 30/11/2020
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Quinta-Feira da 34ª Semana do Tempo Comum - 26/11
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Quarta-Feira da 34ª Semana do Tempo Comum - 25/11
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Terça-Feira da 34ª Semana do Tempo Comum - 24/11/2020
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Segunda-Feira da 34ª Semana do Tempo Comum - 23/11/2020
domingo, 22 de novembro de 2020
34º Domingo do Tempo Comum - Jesus Cristo, Rei do Universo - 22/11
sábado, 21 de novembro de 2020
Sábado da 33ª Semana do Tempo Comum - Apresentação de Nossa Senhora - 21/11/2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Sexta-Feira da 33ª semana do tempo comum - 20/11
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Quinta-Feira da 33ª Semana do Tempo Comum - 19/11
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Quarta-Feira da 33ª Semana do Tempo Comum - 18/11
domingo, 1 de novembro de 2020
31ª Semana do Tempo Comum - Todos os Fiéis Defuntos - Segunda-Feira - 02/11
« — Examinons donc ce point, et disons : « Dieu est, ou il n'est pas. » Mais de quel côté pencherons-nous ? La raison n'y peut rien déterminer : il y a un chaos infini qui nous sépare. Il se joue un jeu, à l'extrémité de cette distance infinie, où il arrivera croix ou pile. Que gagerez-vous ? Par raison, vous ne pouvez faire ni l'un ni l'autre; par raison, vous ne pouvez défaire nul des deux. Ne blâmez donc pas de fausseté ceux qui ont pris un choix ; car vous n'en savez rien. — Non ; mais je les blâmerai d'avoir fait, non ce choix, mais un choix; car, encore que celui qui prend croix et l'autre soient en pareille faute, ils sont tous deux en faute : le juste est de ne point parier. — Oui, mais il faut parier ; cela n'est pas volontaire, vous êtes embarqué. Lequel prendrez-vous donc ? Voyons. Puisqu'il faut choisir, voyons ce qui vous intéresse le moins. (...). Votre raison n'est pas plus blessée, en choisissant l'un que l'autre, puisqu'il faut nécessairement choisir. Voilà un point vidé. Mais votre béatitude ? Pesons le gain et la perte, en prenant croix que Dieu est. Estimons ces deux cas : si vous gagnez, vous gagnez tout; si vous perdez, vous ne perdez rien. Gagez donc qu'il est, sans hésiter. »
Pensées, fragment 397.
Em bom português: é necessário apostar tudo na fé, mesmo sem certeza, pois se se está certo, se ganha tudo, se se está errado, não faz nenhuma diferença, pois todos os caminhos levam ao Nada. E nenhuma religião se demonstrou tão verossímil quanto o catolicismo. Fiz a aposta de Pascal. Foi a morte a isca que Deus utilizou para derramar Sua graça em minha vida. Foram os terços e as músicas piedosas cantadas diante do cadavérico resto mortal de minha avó que tocaram o meu coração, dizendo o que pela razão eu não podia ainda entender. Fui colocado diante do mistério, e apostei todas as minhas fichas nele. E, pouco a pouco, buscando viver na graça, buscando viver esta fé tão antiga e tão nova, Deus me mostrou a unidade na multiplicidade, e o próprio Cristo se demonstrou a razoabilidade e o sentido arquetípico de uma vida outrora irrazoável, absurda e arbitrária.
A morte é, como mistério, o pai de todos eles. Mas é um mistério de sombras que é iluminado pela Luz de Cristo. É um mistério que, se se olha do modo correto, coloca o homem diante da pergunta mais importante de sua vida: "o que eu devo fazer de minha vida?". E quem mais poderia responde-la, senão o próprio Deus feito homem que passou pela morte e a venceu, ressuscitando no Terceiro Dia? Quem mais?
Sem mais panaceias, meu povo. Sem falsas soluções. Sem sentidos sem-sentido, como "quero deixar um legado", "quero fazer um mundo melhor", ou ainda o "quero ter boas experiências" ou "quero ser feliz". Tudo isso é palha sob o vento, tudo isso é gota d'agua perante sol forte, tudo isso é monte de poeira perante redemoinho. Coloquemo-nos diante da morte, como homens de verdade. Encaremos a morte de frente, e vivamos com ela em nossa perspectiva. Encaremos o fato de que, como diria C.S Lewis, "a vida só tem sentido se este se encontrar pra além dela". Este sentido existe? Existe: e Cristo deixou Sua Igreja para nos ensinar a caminhar até ele. Que tenhamos coragem de abandonar todas as vaidades, vivendo em função deste destino, que buscar "ser santo como o Pai Celeste é santo", para que possamos, ao fim da vida, dizer: "Senhor, combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé". E Ele enxugará todas as nossas lágrimas, e nossa alegria será plena.
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Solenidade de Todos-os-Santos - 01/11/2020
Ap 7,2-4.9-14, Sl 23, 1Jo 3,1-3, Mt 5, 1-12a
A solenidade de todos-os-santos é uma festa bastante antiga na Igreja. Jesus Cristo veio a este mundo para nos libertar do pecado. Morrendo na cruz, pagou uma dívida que não tínhamos condição de pagar. Nos unindo à Cristo na cruz, morrendo para nós mesmos, vivemos para Deus. Recepcionando os sacramentos, colocando nossos joelhos no chão e sendo fiéis ao que Cristo espera de nós no banal de cada dia, imitamos a Cristo, nos aproximando assintoticamente do ideal que Ele nos propôs: "sede santos, como Vosso Pai celeste é santo".
O Evangelho desta data tão bonita, onda celebramos aqueles que foram coroados de glória por seu amor e fidelidade ao Senhor, é o Evangelho das bem-aventuranças. As bem-aventuranças não são coisa de criança. Não é coisa de velhotas fofoqueiras que vivem na Igreja, mas não levam "desaforo pra casa". Não é coisa de "santos de calça jeans", que agem como se Deus fosse um "cara legal" que os ajuda a se realizar profissionalmente e ser extrovertido e bem-humorado com os amigos (não que estas coisas sejam ruins, veja bem). É coisa de gente santa de verdade.
"Bem aventurados os pobres de espírito, pois é deles o reino do céus". Pobre de espírito é quem se reconhece frágil e pecador, que sabe que dele mesmo é só o pecado. O que de bom ele faz, vêm de Deus. O pobre de espírito sabe que não merece nada, que nada a ele cabe, que tudo que Deus dá, dá de graça. O pobre de espírito, então, age de modo "estoico" em certo sentido, louvando a Deus pelos bens que Ele dá e os males que Ele permite, pois "tudo conspira para o bem daqueles que louvam a Deus". Como Jó, bradam: "Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei pra lá. Deus deu, Deus tira, bendito seja o nome do Senhor!". O pobre de espírito também não busca luxo nem se entrega os prazeres, pois sabe que não é digno disso. Sabe que ele deve tudo, e por isso deve dar tudo, não se deixando escravizar por nada, pois escravizar-se é trair Aquele que a quem tudo devemos.
"Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados". O mundo é um vale de lágrimas, e não pode estar satisfeito com ele quem vive com o coração em Deus. Não é que se deseje que o mundo seja melhor para a satisfação de nossos caprichos, se deseja que o mundo seja melhor porque Deus se ofende com tanta maldade, confusão e mentira. Parece, olhando para nossa realidade, que Satanás venceu. Mas ele sempre foi "o príncipe deste mundo": sua derrota, entretanto, já ocorreu, lá no lenho da cruz. O santo persevera, pois sabe que, no fim, "toda lágrima será enxugada", toda lágrima daquele "cujas vestes foram alvejadas no sangue do Cordeiro".
"Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados". Repete-se a temática anterior. O mal e a injustiça nos afligem, mas no fim, toda injustiça será resolvida, todo engano, desfeito, toda mentira, revelada. Cristo botará todos os inimigos sob seus pés.
"Bem aventurados os misericordiosos, porque receberão misericórdia". Como demonstra a parábola do Servo Ingrato, devemos a Deus uma quantia impagável. Ele perdoa tal dívida pelo sangue de Cristo, que, sendo Deus e homem, ofereceu, tendo como instrumento sua humanidade um sacrifício de valor Divino. Assim, amou a Deus com um coração humano, um coração humano que deve ser modelo e meta de todo coração humano que vive na Graça. Ora, se recebemos a salvação de graça, se nos foi perdoada uma dívida infinita, como poderíamos recusar perdoar a dívida finita de outrem para conosco? Quem é misericordioso, quem perdoa, quem deseja a salvação e o bem do outro mesmo diante de qualquer mal feito para nós, este é verdadeira figura do Deus vivo, cuja essência é "amor"."
"Bem aventurados os puros de coração, pois verão a Deus". Puro de coração é o homem casto, o homem sem egoísmo, o homem que não quer "receber", não quer "fruir", mas quer se doar em sacrifício. O dom sincero deste homem agrada a Deus, de sorte que Ele se fará presente, como companheiro deste santo, ainda em sua vida mortal.
"Bem aventurados os que promovem a paz, pois serão chamados filhos de Deus". Não a paz humana, a paz da ONU, mas a paz que só pode se dar em Cristo. Promove a paz quem prega o "Cristo crucificado, loucura para os gregos, escândalo para os judeus". Quem prega esta Cristo com a boca e com a vida, este é digno do nome de "filho de Deus" que carrega pelo Batismo.
"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois é deles o reino do céus. Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. Esta bem-aventurança resume todas as outras. O justo, o santo, é aquele que vive segundo a verdade, na caridade. É aquele que, sabendo-se amado, ama de volta, não com "amor humano", sempre meio egoísta, mas com o amor que o próprio Deus dá a Ele pela graça. Ele ama a Deus verdadeiramente, e por isso, está disposto a sofrer seja lá o que for para que o nome do Senhor seja glorificado. Ele não se abalará com a injustiça para consigo, pois o próprio Cristo foi tratado como bandido. Ele quer se unir na cruz com Cristo, "completando em si o que faltou aos sofrimentos de Cristo". Não busca agradar aos homens (senão que quer fazer o bem a eles, mostrando-lhes Deus), mas a Deus.
A medida do santo é dada pela sua vivência das bem-aventuranças. E como é belo ver a vida de um santo! A vida dos santos brilha pra nós como farol, não porque seja legal e empolgante ter um modelo de vida, como se pudéssemos trocar um santo pelo Michael Jordan ou pelo Albert Einstein. A vida dos santos brilha como poças d'água sob a luz do luar. O sol, que é Deus, ilumina a lua, que é a Virgem Maria, medianeira de todas as graças, que reflete a luz do mesmo sol, iluminando as poças d'água, que adquirem o perolado brilho de água sob a lua cheia. Os santos, no frigir dos ovos, tem o coração conforme ao de Cristo. Cristo, enquanto homem, agiu de modo humano como Deus age de modo divino. Os santos imitam, pela graça, este agir, de sorte que o coração do santo homem ama a Deus como Deus merece ser amado pelos homens. É isso que fez o Sagrado Coração. Os santos são "outros Cristos", e é por isso que a vida deles é bela, por isso que a vida deles nos impele, nos anima no desânimo, nos tira da preguiça espiritual. É porque eles vivem, na medida do possível, quase como o próprio Deus viveria se estivesse na mesma situação. É a ação de Deus que vemos nos santos. Que bom é poder contempla-los, saber que é possível amar a Deus, que é possível ser o que devemos ser, que é possível viver, com a graça de Deus, de modo tal que possamos, no consumar de nossa vida, nos unir à multidão d'aqueles que, com palmas e vestes brancas, louvam o Cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo.
Que pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, rainha de todos os santos, e de todos os anjos e santos de Deus, possamos perseverar firmes em direção ao céu. Ali faremos festa, e nossa alegria será completa.
Reflexão para o "Dia das Bruxas" - 31/10/2020
Fl 1,18b-26 ; Sl 41 ; Lc 14,1.7-11
Neste 31/10/2020, tradicionalmente é comemorado o chamado "Halloween". A origem dessa comemoração é incerta, porém o termo é uma contração do termo "Véspera de Todos-os-Santos" no escocês (que é como um inglês bugado). É o primeiro dia da tríade de dias que nos lembra de que essa vida é passageira, que essa vida não pode ser o sentido dela mesma. Hoje em dia, o costume é fantasiar crianças com disfarces macabros e recortar abóboras para faze-las de lanterna. Mais uma coisa importada da gringolândia. Diz-se que este costume é uma corruptela secular de uma espécie de "gozação" com as almas malditas, eternamente perdidas. Contemplando aquelas imagens macabras, supostamente o homem passaria a se importar com os bens eternos, e a consequência também eterna de deixa-los para lá. É esse o sentido que será usado nesta meditação.
São Paulo diz, na primeira leitura, que viver é Cristo e morrer é lucro. Se estamos aqui, é porque o mesmo Cristo ainda deseja algo de nós, ele espera que O sirvamos um pouco mais. Mas estamos como que num serviço sem hora pra acabar. Estamos tomando conta de algo que nos foi delegado, sem saber que horas o patrão chegará. Mas uma hora, que ignoramos quando será, o patrão escancarará as portas e pedirá contas daquilo que Ele pediu para seus empregados, nós. Temos uma estranha ilusão de que o tempo é longo, de que temos "a vida toda" pra fazer isso ou aquilo, mas 'agora não'. Sempre guardamos um pouco de nós para nós mesmos. Mas não sabemos, em absoluto, quando o patrão irá chegar. Jovens também morrem, é comum vermos notícias de jovens que morrem de doenças estranhas, ou se acidentam automobilisticamente, ou sofrem morte violenta. Eles provavelmente tinham essa mesma ilusão de que o tempo "seria longo", e isso as levou, como leva a todos nós, a viver de modo relaxado, displicente, desrespeitoso com Aquele que nos delegou algo a fazer. Não quero despertar inquietações, pois o Espírito de Deus é um espírito tranquilo, que leva à constância, não à aflição. Mas é necessário entender que não há sentido em planejar a nossa vida, e viver a nossa vida, como se ela fosse algo em si mesma, como se ela fosse algo a ser construído constantemente de modo perene, até a eviternidade. Nossa vida é meio pra chegar no céu, somos peregrinos neste mundo aqui. Nossa única missão neste mundo é responder, dentro de nossa condição de vida, de nosso estado de vida, ao chamado de Deus de ama-Lo e servi-Lo, pregando seu Evangelho a todos os homens, não só com palavras (mas também por elas), mas com uma vida virtuosa, de trabalho duro, de serviço ao próximo, de ação de graças ao Senhor, dando testemunho claro de que é por Ele que fazemos tudo o que fazemos, com exceção do pecado.
Se uma pessoa muito querida nos deixasse cuidando da casa dela por alguns dias, é evidente que cuidaríamos bem desta casa. Deixaríamos tudo em ordem, pra que ela não se decepcionasse ao vislumbrar a situação desta no seu regresso. De certo modo, Deus deixou "algo" para que nós cuidássemos também, é esse mundo aqui, cuja figura passa, mas é palco do espetáculo da vida humana. Deus nos colocou aqui para que, fundados no amor a Ele, amássemos uns ao outros, buscando agir sempre conforme o bem comum. A ação concreta adquire complicados nuances, mas estes estão sempre fundamentados em dois pilares: os princípios morais inegociáveis e o nosso estado de vida concreto. Vivendo com base nisso, "cuidaremos" do que nos foi concedido. No caso de um pai de família, são os filhos, os afilhados, a esposa, os parentes, até os colegas de trabalho! No caso de um padre, seu rebanho, no caso de um religioso, o cumprimento de sua regra na radicalidade do Evangelho, pelo bem das almas. Bens aparentes aparecerão, provavelmente nos enganarão, provavelmente nos levarão a busca-los. Se formos exigentes, até mesmo tentaremos justificar a "posteriori", com base no fim último, tal hábito. Devemos, então, estar sempre vigilantes, pois quem está de pé, tome cuidado pra não cair. Quase tudo que se impõe a nós na nossa vida é vaidade. É preciso ser cruel consigo mesmo neste sentido, pois a auto-indulgência gera apenas infelicidade pra quem nela vive, ainda que essa infelicidade pareça felicidade num primeiro momento.
Temos obrigações concretas, temos a obrigação de amar, temos a obrigação de agir diligentemente, para que a casa esteja limpa e arrumada quando Deus voltar. Se não fizermos isso, se comermos toda a comida da geladeira do amigo sem repô-la, se não limparmos o chão, se deixarmos cocô boiando na privada sem dar descarga, o amigo pedirá contas. O amigo não nos maltratara, apenas ficará decepcionado, pois fizemos a ele um favor meia-boca, mas no caso de Deus, não estamos fazendo um favor. É Ele quem nos fez um favor nos criando, dando a oportunidade de servi-Lo para que, mostrando fidelidade, respondendo ao amor de quem nos "amou por primeiro", nós possamos ser felizes eternamente na presença Dele. Deste modo, o Senhor nos olhará com tristeza, e nós, que O desprezamos ao longo de toda a nossa vida, precipitaremos a nós mesmos na Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga, para sofrer eternamente como um maldito de Deus.
O Inferno é uma realidade. Somos livres, mas nossa liberdade é tão grande que podemos até mesmo nos afastar d'Aquele que nos criou, E o caminho que leva ao desprezo de Deus é muito, muito mais largo que o caminho que leva à Ele, pois a nossa missão é uma, a dissipação é ilimitada. O estado ordenado é um, os estados de alta entropia são muitos. O mal não é charmoso, o mal é uma derrota, o mal é um aleijamento, é uma ausência, é a ausência do Deus que é o Sumo Bem. Que possamos viver cientes dessa responsabilidade, cumprindo nosso dever de estado de modo amoroso e diligente. Que possamos sempre rezar, meditando sobre nossos pecados para que assim nos humilhemos diante de Deus, que resiste aos soberbos. Deus permitiu que o homem decaísse, se tornando escravo, para que ele se fizesse humilde e reconhecesse que é mal, que não é nada, que precisa de Deus em tudo. Como diz o Evangelho, que senta no último lugar, este será chamado para se sentar mais na frente pelo próprio dono da festa. Sejamos humildes! Que possamos ter esperança, pois Deus, de amor infinito, pode fazer santos até de trastes como nós. Não desanimemos, não nos desesperemos, pois foi uma consciência culpada que levou Lutero a fazer o que fez num dia 31/10, data inaugural da tristíssima revolução protestante. Perseveremos até o fim, confessemos nossos pecados, comunguemos o Corpo de Cristo, para que assim tenhamos força espiritual para atravessar estes quarenta anos de deserto que são essa vida. Vivamos para Deus, ancorados na intercessão da Santíssima Virgem, "causa de nossa alegria". Se formos sinceros e perseverantes, o céu inteiro nos impedirá de precipitar no fogo eterno na hora derradeira. Dai-nos esta graça, ó Bom Jesus.
domingo, 19 de julho de 2020
Quinta-Feira da 15a Semana do Tempo Comum - 16/07
Quarta-Feira da 15a Semana do Tempo Comum - 15/07
Na liturgia de hoje, Cristo diz que só conhece o Pai quem conhece àquele a quem o Pai enviou, o Filho. Conhecer o Pai é o sentido de nossa vida, é nossa ''causa final'', pois Ele tudo nos deu e devemos tudo dar a Ele. É nisso que se baseou a jornada místico-intelectual de São Boaventura, o Doutor Seráfico, quem expressa que o conhecimento meramente intelectual, teológico, ainda que iluminado pela luz da fé, não é nada comparado a esse prenuncio do ''contemplar a Deus face a face'' vivido pelos místicos. Cristo se dá a conhecer na Igreja, se entrega por nós na Missa, se faz alimento na Eucaristia. Todas essas realidades são perpassadas pela realidade da Igreja, a Igreja que foi fundada por Cristo sobre os apóstolos. Que confrontados com protestantes que atacam a Igreja, não assumamos uma posição defensiva. Não somos "uns entre muitos": participamos da única Igreja de Cristo como membros visíveis! Que isso seja motivo não de orgulho, mas de consciência, consciência dessa missão de anunciar aquele pelo qual se pode ''conhecer o Pai', anuncia-lo na Igreja!
Que nunca deixemos de rezar.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
sexta-feira, 10 de julho de 2020
14ª Semana do Tempo Comum - Sexta-Feira - 10/07
Meu Deus, ajuda-me a me dependurar sempre na Tua palavra. Ajuda-me a sempre voltar meu coração a Vós, vendo-Vos como princípio primeiro, fim último e amor de minha vida. Se tudo eu fizer por amor a Vós, unido a Vós, com a Vossa graça, tudo será levado a bom termo, tudo será ocasião de santificação. E o sucesso nessas mesmas coisas, deixo a Vosso critério, pois minha missão é fazer, não garantir o sucesso.
Não deixeis que eu me afaste de Vós, não deixeis que eu me perca em redes sociais, não deixeis que eu me embruteça com as dificuldades do trabalho. Ajuda-me a ter um coração centrado em Vós. Ajuda-me, Senhor, a ter constância na oração. Eu nem sequer sei mais rezar. Misericórdia, ó Senhor, por tua bondade!
quinta-feira, 9 de julho de 2020
14ª Semana do Tempo Comum - Quinta-Feira - 09/07
Deus nos deu tudo de graça. Nos deu a vida, e pecamos contra Ele. Veio em pessoa, e o rejeitamos, pregando-O numa cruz. Mas essa cruz redentora, pelo sangue derramado do Deus que veio, redime do pecado àquele que se propõe a seguir a Jesus Cristo na Santa Igreja, que propõe entregar a vida ao Senhor, esperando Nele a felicidade que o mundo promete mas não dá. O Evangelho de hoje mostra que Cristo pede aos apóstolos que eles não levem nada com eles para a sua missão. É assim que deve ser a nossa postura: despojada, sem esperanças humanas. Isso não significa não buscar os meios, mas significa buscar acima de tudo o agrado de Deus, significa buscar beber de sua Palavra, de seus sacramentos, do contato íntimo com o Senhor, a fim de que essa água viva seja também passada pros outros nos mais banais atos cotidianos, não só na pregação explícita. A alma de todo apostolado é a oração, é a união com Deus! Deus ainda diz que aquele que não aceitar a palavra será julgado de modo mais duro que Sodoma e Gomorra! São palavras terríveis, mas que trazem também uma lição profunda: nossa missão não é cumprir, é tentar. Não é conseguir, é dar o melhor de nós. Afinal, é isso que podemos dar! O resultado, sobretudo se é um resultado que depende de circunstâncias que estão fora de nosso controle, é mais uma consolação do que uma necessidade. Certamente, uma alma orante tem maior chance de êxito no seu serviço a Deus. Mas nem São Francisco, o maior santo pós-era apostólica, conseguiu converter o Sultão! Então, que saibamos que o importante é fazer nossa parte com amor, com afinco e suportando com paciência as provações anexas. Não é o êxito em si.
Que, inflamados de amor, possamos tomar parte em nossas atividades cotidianas, no nosso apostolado, com ânimo sempre renovado pela oração e pelos sacramentos (se possível!). Que nos despojemos de seguranças humanas e nos entreguemos a Deus. É nisso que regojizaremos, e ele prometeu "acrescentar tudo o mais" a quem buscasse por primeiro o seu Reino. Que eu possa buscar-Vos sempre, meu Senhor.
Batismo do Senhor - 09/01/2022
Is 42,1-4,6-7 Sl 28: " Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo" At 10, 34-38 Lc 3, 15-16,21-22 Começamos com uma leitura do pr...
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At 2,14,22-32; Sl 15, Mt 28,8-15 "Guardai-me, ó Deus, porque em Vós me refugio" Nesse Evangelho de hoje, vemos a reação perant...
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Gn 3,9-15.20, Sl 86, Jo 19,25-34 Hoje se comemora, em virtude da festa promulgada pelo Papa Francisco, o dia de "Santa Maria, mãe da...
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At 4, 13-21 ; Sl 117, 1-21 ; Mc 16, 9-15 Tanto a primeira leitura quanto o Evangelho falam de situações que tem em comum uma coisa: a au...