quinta-feira, 11 de junho de 2020

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo - Quinta-Feira - 11/06

Dt 8,2-3.14b-16a, Sl 147, 1Cor 10,16-17, Jo 6,51-58 


 Hoje celebramos o Corpus Christi, a memória do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a festa da Eucaristia, do Cristo que se esconde nas espécies de pão e vinho a fim de se fazer alimento, "Pão vivo que desceu dos céus", para nós, para nosso alegria, para nosso doce júbilo. Fomos a missa na Paróquia São Sebastião, que, de modo honradíssimo, celebra a portas fechadas mas não trancadas nesse tempo de pandemia. Eles não deixaram de acudir aos seus, e tampouco fizeram distinção entre "conhecidos" e "desconhecidos". Que o Senhor abençoe todos os padres que de lá fazem parte. Também agradeço a Deus pela vida do Padre Jonas da Nsa. de Fátima, que também manteve as portas abertas para nós. 

 O Corpus Christi, em que eu participei em família da Santa Missa pela segunda vez desde o fechamentos das igrejas, foi, no ano passado, a primeira Santa Missa da Marie, na qual ela tinha apenas 4 dias de vida. 3 dias depois, ela foi batizada. É uma celebração que dá testemunho daquele que é mais que um milagre, é um Mistério, e que acontece diante de nossos olhos em cada Santa Missa: a transubstanciação, a transformação daquele pão, daquele vinho, no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade rebaixou-se, "assumindo a condição de servo" e se tornando um ser humano, sujeito às intempéries, sujeito até a morte, igual a nós em tudo, exceto no pecado. Essa pessoa divina, Jesus Cristo, morreu por nós na cruz pelo nossos pecados, mostrando-Nos o que é o amor, mostrando-nos o que significa "entrega", derramando seu preciosíssimo sangue num holocausto de valor infinito, infinitamente suficiente para lavar a ofensa infinita de nossos pecados contra Deus. Para assumirmos essa salvação, para participarmos dessa redenção, devemos "tomar a nossa cruz e seguir a Jesus Cristo, deixando a nossa miséria aos pés dele e abraçando a graça que vem do Espírito quando nós percebemos a nossa insuficiência. O modo mais perfeito de receber tal graça é colocando-se de joelhos diante do ministro sagrado, que coloca em nossas bocas a Sagrada Comunhão, que é Cristo mesmo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Cristo, que sendo Deus tornou-se homem, assumindo a condição de servo, torna-se menos ainda para nosso benefício, torna-se pão, objeto inanimado, muito menos "perfeito" na ordem da criação do que é o homem. Torna-se, então, sujeito a profanações, a incredulidades, a sacrilégios, e seu Sagrado Coração com isso se entristece, mas se alegra muito mais por aqueles que O recebem bem, caminhando na direção à santidade, que é um conformar do coração ao Sagrado Coração. E é por amor que ele se fez pão para nós, é por Ele querer nosso bem, é por Ele querer nossa salvação eterna, é que ele se fez pão, frágil pão, pão que alimenta nossa alma nesse deserto que é o mundo que "jaz no maligno", como o maná alimentava o corpo dos judeus naqueles duros 40 anos de deserto, no caminho pra terra prometida que prefigura o céu, no caminho para a Jerusalém terrestre que prefigura a Jerusalém Celeste, onde "toda lágrima será enxugada". Ajuda-nos a Vos amor, Senhor. Vinde em nosso auxílio, ó meu Deus, socorrei-nos sem demora. 

 Que o Senhor todo poderoso seja honrado e adorado em todos os sacrários do mundo, no dia de hoje e em todos os dias até o findar dos séculos. Amém.


 
Pio XII numa procissão com o Santíssimo Sacramento

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