1Rs 17,7-16, Sl 4, Mt 5,13-16
A primeira leitura de hoje é a famosa história de Elias e a viúva. O Evangelho é o de "candeia debaixo do alqueire". Dado isso, insiro no contexto da liturgia minha vida pessoal, profissional, eu diria. A tempos venho batendo cabeça na parede sem sucesso, me dedicando totalmente àquilo que meu orientador deseja que eu aprenda até o fim do curso de Many-Body, mas tenho a terrível impressão que ambas as coisas estão espetacularmente atrasadas. Ademais, parece que é por incompetência minha, porque não me parece estar presente tal desespero na conduta dos outros alunos do curso. Egues está a quilômetros na minha frente, eu que nem sequer entendi funções de Green direito. E elas já estão esquentando, e a soma de Matsubara já foi apresentada! É uma tonelada de coisas que se acumulam, que se amontoam sobre mim, e eu, sendo o que sou, muitas vezes não em sinto compelido pelo desafio ou constrangido pela necessidade que tenho de cumprir essa (grande) obrigação, mas, em virtude do tamanho do desafio, em virtude do tamanho do paredão que devo escalar, acabo me sentando no canto e olhando pra cima, desolado, enquanto o paredão só faz crescer mais ainda em virtude de minha perda de tempo. Esse paredão me estressa, me irrita, e, como consequência última, me deprime, me entristece. É óbvio que tudo isso é quase uma futilidade, mas Jesus Cristo nunca especificou o tamanho da cruz que Ele nos ajudaria a carregar. Minha farinha e meu azeite são poucos, como eram o da viúva visita por Elias, mas ajuda-me, Senhor, ajuda-me, por Tua infinita bondade, a fazer com que ele dure, com que ele se multiplique, com que ele seja suficiente para que eu possa me alimentar com o pão feito com ela na travessia de tórrido e imenso deserto que se apresenta diante de mim. Que, com teu pão, que é o pão da Graça, o pão da Palavra de Deus que guia, com o Pão da Eucaristia que sois Vós na Vossa Essência mais íntima, eu consiga trabalhar com afinco e eficiência, mas com mais afinco com eficiência, sem desânimo diante do desafio, mas com o coração tranquilo, com um coração que não se irrita, que não se desespera, que não torna-se cardo espinhoso que fere aqueles que me são mais próximos e a quem eu devo cuidado. A Vossa palavra, Senhor, foi colocado pela Vossa Igreja como luz que ilumina, e eu posso vê-la, eu sei o que devo fazer, sei o que é de acordo com Tua vontade, mas sinto-me triste e desanimado. Iluminai-me, Senhor, alimentai-me. Ajuda-me a viver com o coração amarrado em Ti, Ajuda-me, Senhor, a ter em Vós minha fonte de alegria, uma Fonte que nunca se esgota e que, saciando-me, me constrange a levar Tua água àqueles que me cabem. Ajuda-me, Senhor, a trabalhar sem procrastinar, a ter o coração mais alegre, a cuidar com calma de meus familiares, e, se possível, dai-me também a luz da inteligência, para que eu progrida naquilo que faço e que parece interminável e intangível. Ajuda-me a não ser insosso e desanimado, mas sal da terra e luz do mundo, que Vos anuncia no modo em que faço todas as coisas.
Virgem Prudentíssima, rogai por nós.
A Candeia Debaixo de Alqueire
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