1Rs 19,9a.11-16, Sl 26, Mt 5,27-32
Na primeira leitura, o profeta Elias responde a Deus, que não aparece nos vendavais, terremotos os fogaréus, mas na brisa suave. Em geral, a ação de Deus no mundo é sutil, Ele não se mostra pra nós tal como Ele é, mas está presente doando um ser participado no seu Ser a absolutamente tudo que existe, pois é Ele que fundamenta e sustenta cada uma dessas coisas na realidade, sem, é claro, que essas coisas sejam "parte" Dele: são de fato criadas. Esse Deus que tudo sustenta se encarnou na pessoa de Jesus Cristo, e Ele deixou para nós a Santa Igreja, na qual podemos entrar em comunhão com Ele. Jesus Cristo, no Evangelho de hoje, fala do adultério, mostrando que olhar desejando já é adulterar, e casar com um divorciado é adultério, pois o que Deus uniu, o homem não separa. É sempre pecado. Sem entrar no mérito do grande sofrimento e dificuldade de quem se converte num estado de adultério, com filhos e tudo mais, percebemos como as palavras de Jesus são claras como água. Casar "de novo", ir morar junto com outro sendo casado com um, é pecado, é adultério, é um ataque frontal ao sexto e ao nono mandamento. E aqui entra a grande questão do quanto se torna deturpado o conceito de Igreja quando se deixa de perceber o que ela é, e ela é depositária de uma verdade imutável. Por isso, erram aqueles homens que colocam a "obediência" acima de tudo, mesmo quando tal obediência é a um superior hierárquico, sem dúvidas, mas que fala por ele, não fala pela Igreja, e não confirma a fé, mas a nega. Senhor, que a verdade iluminada pela fé, pela fé da Igreja, e vivenciada na caridade, seja o critério último de todos os meus atos. Que eu não peque contra a verdade, nunca, nem sequer pra ser aceito, pra ser bem quisto por aqueles que me são superiores, que, apesar de serem homens de Deus, também são humanos, e "antes agradar a Deus que aos homens". Verdade conhecida, verdade obedecida! E protegei, Senhor, meus olhos, para que eu não caia em tentação, para que eu não cometa adultério com meus olhos. Tende misericórdia Senhor, para que eu possa perceber essa "brisa suave" que sopra em nossos corações, a fim de que eu nunca me esqueça de que todos os meus atos devem ser para Vós.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Santo Elias na caverna
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