1Rs 17,1-6, Sl 120, Mt 5,1-12
O Sermão da Montanha é apresentado por Jesus Cristo no Evangelho de hoje. Dada a fé na Santíssima Trindade, dada a fé de que a 2ª pessoa dessa mesma Trindade se fez homem e morreu por nós, dada a fé, decorrente de algum modo dessas verdades, um todo orgânico com elas, em todo o depósito de fé católico, nós somos então apresentados a um ideal que não fica na obediência dos mandamentos apenas, não fica só na lei, mas vai pra caridade, vai pras obras que, em Cristo, podem ser feitas naqueles que agem de modo santo. As bem-aventuranças não falam daquilo que é de justiça, mas daquilo que cumpre a justiça e vai além dela. Elas não falam de um amor "medido", falam de um amor (a Deus) sem medida, que se entrega e Nele confia.
Eu comumente guardo de mim "reservas técnicas" de amor. Isso talvez baste para cumprir a justiça, mesmo dado o adágio "quem mira nas estrelas acerta na lua, quem mira na lua não sai do chão". Mas não basta para viver a caridade, esse amor que Cristo amou. Mas é interessante que, na dissipação e sem ordem na vida, sem um disposição virtuosa de tudo aquilo que se coloca diante de nós, a tendência ao egoísmo e ao desespero que temos é muito grande. A ordem se dá pelas virtudes e é pressuposto para o maior crescimento nessas mesmas virtudes. Que possamos então ordenar nossa vida a Deus. Desse modo, sabendo que nossa vida está ordenada a Deus, a caridade se dará no cumprimento amoroso dessa mesma ordenação, no cumprimento da rotina, no cumprimento da "regra" da casa, deixando as vontades de lado e cumprindo aquilo que, de um modo ou de outro, nos levará ao cumprimento daquilo que Deus espera de nós. E Deus, dando a graça, espera de nós mais do que a justiça. É só amando, negando-nos a nós mesmos e tomando a nossa cruz, é que nós poderemos ser salvos. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sermão da Montanha
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