Lm 2,2.10-14.18-19, Sl 73, Mt 8,5-17
Depois de um hiato de quase uma semana toda, onde fiz pouco mais do que planejar, planejar e planejar, estou de volta às meditações, espero que agora com mais constância. Liturgicamente, estamos agora pela primeira leitura no exílio da Babilônia. A situação é catastrófica: crianças morrem de fome, o templo é destruído como se fosse madeira sendo colocada abaixo por lenhadores, a cidade e seu povo é destruído. No tempo de exílio, o povo de Judá perdeu sua terra, perdeu sua autonomia, e perdeu até mesmo sua língua: o Hebraico deixou de ser língua falada pra ser "apenas" língua religiosa. É evidente que Judá caiu em virtude do pecado, da idolatria, enfim, da infidelidade ao Senhor. Entretanto, o povo de Judá em algum momento pode voltar pra sua terra, porque o mesmo Deus que pune para educar, volta depois a sua misericórdia e dá uma nova chance ao seu povo. No fim, percebemos que até os males terríveis que Ele permite também partem da sua misericórdia amorosa, que deseja que "todos os homens se salvem". No Evangelho, sobretudo, vemos Jesus Cristo curando muitos doentes, porque o mal existe no mundo, e a raiz do mal físico está no pecado (de Adão), mas Jesus Cristo se volta para nós, e a cura dos doentes e necessitados é uma figura da cura espiritual que Jesus veio nos trazer, morrendo por nós na cruz e depois mandando o Paráclito, para que Este ajude a transformar nosso coração num coração que ame a Deus como Ele merece, de modo semelhante a como Cristo amou. O mal vem, mas Jesus vem e nos cura, se nos colocarmos diante Dele. A atitude diante de um Deus tão bom só pode ser uma: colocar-nos a disposição Dele com tudo que temos, assim como a sogra de São Pedro, assim que foi curada.
Ajudai-nos, Senhor, a nos colocar totalmente a Vossa disposição, fugindo de tudo aquilo que atrapalha. Ajudai-me, Senhor, a ser fiel aos meus compromissos, que são o "aqui e agora" pelo qual eu posso me santificar: não são um "extra" pra além da oração, mas uma realização dessa oração, que se refere ao amor a Vós, no amor ao próximo! Peço a Vossa misericórdia, pois sou mau e infiel, mas Vós sois o Deus que salva seu povo. Eu confio em Vós Senhor, apesar de eu ser um lixo de ser humana. Louvado Seja o Vosso Santo Nome pelos séculos dos séculos.
A destruição de Jerusalém
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