2Tm 1,1-3.6-12, Sl 122, Mc 12,18-27
Não sabemos como as coisas serão de fato, mas, falando de modo genérico, me parece improvável que o martírio irá bater a minha porta num futuro próximo. Deste modo, na pedagogia Divina, o Qual sabe que eu não presto, meu chamado é a um "martírio", num sentido figurado, contínuo, e é esse martírio, na verdade, o que está por trás da vocação de todo católico. É o martírio do morrer pra si e tomar sua cruz, seguindo a Jesus. É buscar aceitar as dificuldades e provações com paciência, sem reclamar. É ter paciência com aqueles que agem de modo irritante ou injusto para conosco (isso é um dos principais pontos da vocação matrimonial!). É, mesmo sem vontade, mesmo sem concentração, dar um jeito de cumprir seu dever de estado, seja ele o trabalho per se, seja ele um afazer doméstico. É acordar cedo, bem mais cedo, para conseguir cumprir com o chamado da vida intelectual. É, mesmo sem vontade, ir a missa com a certeza de que é o próprio Cristo se entregando por nós que encontraremos lá. Algumas coisas dessas eu consigo as vezes, outras não, mas o que eu consigo, é com a graça de Deus, e, como sou pequeno e fraco, é nesses pequenos atos que sou chamado a "morrer" por Cristo. Ajuda-me, Senhor, a morrer por Vós dia após dia, pois não há "amor maior do quem dá a vida pelos amigos". É na entrega que há o verdadeiro amor, amor que só é possível quando brota da Fonte que é o próprio Amor, e que se encarnou, assumindo a nossa natureza. E quem morre por Cristo, na verdade vive, pois Ele é o Deus dos vivos, e não dos mortos, como é dito no Evangelho de hoje.
Ajuda-me, Senhor, a morrer para mim para viver para a Vida, que sois Vós. São Carlos Lwanga, rogai por nós!
São Carlos Lwanga e companheiros: rogai a Deus por nós
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