quarta-feira, 29 de abril de 2020

Quarta-Feira da Terceira Semana de Páscoa - 29/04

At 8,1b-8 , Sl 65, Jo 6, 35-40

Jesus Cristo é o Pão da Vida, e promete que quem vai até Ele não terá mais fome nem mais sede. Fome e sede de que? É evidente que necessidades físicas existem pra cristãos e pagãos, pra católicos e ateus. Não é dessa fome que Cristo fala, é da fome de Deus. Dizia alguém que não sei quem que temos um buraco infinito no nosso coração, uma sede infinita que apenas Deus pode preencher. Nós nos percebemos como necessitados, como insuficientes perante a realidade, como carentes de algo que dê sentido a vida cotidiana. Em geral, percebemos (se vivemos uma vida "boa") a vida humana como um bem e as nossas alegrias como sinceras, e de fato elas o são, mas deixam de sê-lo quando olhamos de frente o sentido de tudo isso. Toda doçura da vida se reveste de amargor, toda a luz do sol como que é obnubilada por uma cortina de densa fumaça preta. A vida é um bem, mas somos maus e rumamos para o negro mistério da morte. Todos morreremos. Há algo pra além? Pela fé esse enigma é respondido em Jesus Cristo. Ele promete a Vida a quem ir até Ele, e estes não terão fome nem sede. A Vida que Cristo promete é a vida eterna, é a Vida com "V" maiúsculo que consiste na contemplação, na união de amor com Deus, Sumo Bem. Cristo é a resposta, mas tantas vezes o vemos como apenas uma muleta pra conseguir viver com certa paz de espírito as alegrias do mundo aqui! Cristo é o Pão Vivo que se entrega por nós na Eucaristia, e nós, agora afastados da mesma pela pandemia (isso está se mostrando contornável e acho que em breve comungarei de novo: Deus seja louvado!), não a desejamos ardentemente como deveríamos. Senhor, eu vos reconheço como Pão da Vida, como meu Salvador, mas aumentai a minha fé! Aumentei meu amor por Vós! Fazei com que eu ame a Sagrada Comunhão acima de tudo, pois lá se encontra Vós, Deus, a quem devemos amar sobre todas as coisas! Eu quero Vos amar, Senhor, jogue fora esse meu maldito coração de pedra e me dê um coração de carne, que pulse cheio de vida, palpitando por Vós!

É vivendo nesse amor que eu poderei ser eu mesmo, poderei ser aquilo que eu fui feito pra ser. Sou filho de Deus, filho no Filho, pelo batismo. Eu nasci pra amar. Ajuda-me a amar, Senhor, ajude-me primeiro a ama-Lo para que depois, com minhas palavras, meu trabalho e minha vida, eu possa anuncia-Lo do modo que Vós mereceis, não por minhas forças, mas sendo dócil a ao Deus que quer agir por meio de nós. Ó Santíssima Virgem, esposa do Espírito Santificador, rogai a Deus por nós que recorremos a vós!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.



Saulo vê e aprova o martírio de Estevão


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