sexta-feira, 1 de maio de 2020

Dia de São José Operário - Sexta-Feira da Terceira Semana de Páscoa - 01/05





Gn 1-26, 2-3 ; Sl 89, Mt 13, 54-58

No dia de hoje, somos convidados a meditar acerca do valor do trabalho. Originalmente, Deus nos fez para que trabalhássemos cuidando da criação, tomando conta dela. Após a queda, o trabalho se tornou árduo, mas é essa dificuldade que tem caráter de "castigo", não o trabalho em si, que vem desde o projeto originário de Deus, que desejava que o homem participasse de Sua função de "mantenedor". Mas nenhum "castigo" está em nós por vingança de Deus. Se Deus colocou uma dificuldade no trabalho, essa dificuldade em Cristo Jesus se torna ocasião de santificação. Deus permite o sofrimento porque é apenas nos entregando livremente a algo árduo que estamos de fato amando. Amor é entrega de si, e quando vencemos a nós mesmos com a Graça de Deus para cumprir um dever para o bem de nossa família ou para o bem de quem quer que seja, estamos amando. E dentro do próprio contexto do sofrimento inerente ao trabalho também somos convidados a amar. Aparecendo as adversidades, calemo-nas, não reclamemos, assim como Cristo não reclamou quando subiu o Calvário carregando a cruz por nós. Devemos entregar cada cruz, ainda que seja uma pequena cruzinha, a Cristo, para que Ele, que carregou a Cruz de nossos pecados, nos ajude a carregar a nossa unidos a Ele.

Quantas vezes eu trabalhei de modo desatento, me distraindo com tudo. No fundo, eu não vivo como se o trabalho fosse mais que uma imposição arbitrária de um destino cruel. Gnosticismo prático! Quantas vezes, me forçando a trabalhar, reclamei e até me irei por coisas que não deram certo, como se tudo devesse ser um mar de rosas para o meu deleite! Que oportunidade desperdiçada de santificação! Quantas vezes no estudo me irritei e até me chateei porque alguma coisa não foi compreendida por mim. A verdade não se revela pela força! Não aprendi isso ainda, por acaso?


Hoje é um dia muito propício para meditar nos escritos de São Josemaria Escrivá, o homem que fez da santificação na vida cotidiana, no trabalho, enfim, nas diversas ocupações, o centro de sua espiritualidade. O encontro com Cristo no trabalho, na família, no pequeno! É principalmente dia de se meditar na figura silenciosa de São José operário. Carpinteiro, humilde, silencioso: viveu a vida pela defesa daqueles que, em santidade, eram ainda maiores que ele: o próprio Deus, o Santo e fonte da santidade, e a Santíssima Virgem, a mais santa das criaturas. Silencioso, humilde, entregue, casto, forte, caridoso: eis o homem que devo ser. São José é o modelo mais perfeito de pai de família.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.






Isso aqui é meio exagerado, mas com certeza São José não era um homenzinho frágil. Imagem da catedral de Wichita

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