segunda-feira, 4 de maio de 2020

Segunda-Feira da Quarta Semana de Páscoa - 04/05

At 11,1-18, Sl 41, Jo 10,11-18

 Salve Maria Santíssima!
 Hoje demos continuidade a leitura do Evangelho de São João: continua-se o tema do bom pastor. E, como leio esse Evangelho pra mim apenas, sem propósito de compartilhar isso com outros, farei um paralelo do que leio com minha biografia, com meus anseios atuais, com meus vícios e minhas más tendências que preciso vencer em vista de um cumprimento maior daquilo que me cabe. 
 Cristo diz que é o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas. Ele, de fato, deu a vida por nós, derramou Seu sangue preciosíssimo em benefício a quem era Vosso inimigo. Somos todos chamados a ser imitação desse Cristo, desse Cristo que é Bom Pastor, cada um em sua condição, cada um em sua "circunstância". O mau pastor foge quando vê o lobo chegar, de modo que as ovelhas se dispersam, sendo algumas comidas. Do mesmo modo, um pai de família, como eu sou, é como que o "pastor" da casa, o encarregado de guiar até Cristo minha família. Isso devo fazer sim, vivendo uma vida de oração e piedade, mas também vivendo cada parte de minha vida de modo virtuoso. Isso implica muitas coisas. Implica que eu deva tomar cuidado com que falo, não dando vazão aos palavrões que sempre emergem quando eu perco a paciência, coisa que eu também não deveria permitir que aconteça. Falta amor! Implica que eu não fuja jamais de minhas responsabilidades "trabalhísticas", pois uma condição de vida mais propícia a possibilidade de uma boa educação pros filhos depende, em última instância, na cooperação de minha parte com as oportunidades que o Senhor colocou diante de mim. Se eu não trabalho direito, jogo na lama minhas possibilidades de um emprego decente, jogo na lama a possibilidade de "escolher" onde trabalhar. Não que tudo dependa disso, mas se eu posso buscar algo melhor, porque me contentar, por indisciplina, com algo pior? Devo, acima de tudo, mostrar a minha família um reflexo do amor de Cristo, que dá a vida por suas ovelhas. Devo me entregar pela minha família, minhas "ovelhas". Isso implica trabalhar até ficar cansado, isso implica se contradizer, isso implica fazer penitência para disciplinar o corpo de modo que ele não seja desobediente a aquilo que a alma percebe como correto, isso implica rezar pela família, isso implicar até mesmo olhar nos olhos de minha esposa, de minha filhinha, e dar-lhes total atenção sempre que for necessário. E eu faço isso? Ou vivo como um garoto mimado que quer uma vida confortável? É hora de crescer, de amadurecer, de perceber a consequência de meus atos, de modo a tomar uma decisão permanente por Cristo de modo a me entregar livremente a Seus desígnios. Que, como Cristo, eu possa dar a minha vida "por mim mesmo", para que Dele eu possa receber a Vida Eterna. Ajuda-me, Senhor, a viver bem minha vocação, minha vocação de marido, de pai, de pesquisador, de (wannabe) intelectual. Infunde-me Vosso Espírito Santo, de modo que, como aqueles pagãos de Jope, eu possa fazer uma decisão permanente por Vós. Vós sois o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas, ajuda-me também, como Vós, a me entregar pelas "minhas ovelhas" de modo a leva-las até Vós! Ajuda-me a ser Vosso cooperador! Não deixeis que eu continue mergulhado desse acidioso estupor desanimado de quem se entristece com as obrigações que diante dele estão. Anima-me, Senhor! Pastoreia-me, para que eu também possa pastorear outros até Vós!

 Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

n/d
O Bom Pastor

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