At 16,11-15, Sl 149, Jo 15,26–16,4a
Na primeira leitura, vemos a conversão de Lídia, uma mulher que já acreditava em Deus (provavelmente uma pagã que simpatizava com a religião do Antigo Testamento). Notemos duas coisas, que servem pra contrastar muito o que vemos hoje. A primeira é que ela já era crente no Deus único. Isso, pra muitos hoje em dia, parece ser o suficiente: "ah, ela crê em Deus, a gente não precisa pregar o Evangelho pra ela". Os apóstolos não pensavam deste modo. A segunda coisa é a de que ela, sendo uma mulher temente a Deus e bem intencionada, desejosa de conhecer a verdade, acolhe com a Graça do Espírito Santo a verdade acerca de Jesus Cristo, com humildade de coração. Ela não nega aos moldes de uma petição de princípio, ela aceita a verdade, se converte, e já dá frutos, pedindo para que os apóstolos fiquem hospedados na casa dela. E nós? Vivemos uma fé cansada? Cansamos de "tentar" dar frutos? Onde está essa nossa conversão radical do pecado para a virtude, da morte para a vida?
E aí vem Cristo falar no Evangelho. Ele nos diz que mandará o Espírito Santo para nos auxiliar, mas que a reação do mundo (e hoje, da igreja, que se contaminou de mundaneidade) será hostil. Aqueles que não forem dóceis ao Espírito, aqueles que não forem humildes, esses cooperarão para a oposição a obra de Deus no mundo, obra essa que paradoxalmente floresce melhor em épocas de perseguição, pois o sangue dos mártires é semente de cristãos. Se, como católicos, agradamos demais, algo de errado estamos fazendo. Hoje, falar a verdade é pedir pra ser chamado desde "radical" até "cismático"! Mas, e nós, o que fazemos? Permanecemos fiéis a Verdade, anunciando-a? Calamos a nossa voz por respeito humano? Ou nos colocamos como galos briguentos, fazendo dessa oposição virulenta uma bandeira?
Ajuda-me, Senhor, a ser dócil a Seu Espírito. Ajuda-me não só a anunciar a verdade e jamais omita-la, mas ajuda-me também a viver conforme essa verdade. Que a mensagem do Evangelho, que as palavras de Cristo que repete a Igreja em seu magistério infalível, que a vida dos santos, que a tradição riquíssima de nossa fé, que a beleza da liturgia (principalmente tridentina) sejam setas, sejam a forma santa que "substancía" a matéria de nossa vida.
Santa Maria, Strela do Dia, mostra nos via pera Deus e nos guia.
Santa Lídia, Ora pro nóbis
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